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  A Eleição e as Fake News 2


A eleição está quase terminando, o tema principal, não são os programas de governo dos candidatos, os ataques pessoais entre eles, ou que alguns jornais estão sendo partidários para um candidato.

O xodó, são as Fake News (Notícias falsas), distribuídas nas redes sociais e no WhatsApp. Algum tempo atrás era chamada de E-falsa. Mas o que são Fake News?

“Fake News são notícias falsas divulgadas principalmente nas redes sociais. Os boatos têm informações irreais que apelam para o emocional do leitor/espectador”.

O questionamento que proponho neste texto é o seguinte:
O quanto uma Fake News pode influenciar uma pessoa, quando esta, não sabe interpretar. Sabe ler e aprender. Pensar não?

Antes, apenas uma observação interessante:
A população brasileira está estimada em 208,5 milhões de habitantes, o colégio eleitoral tem 147,3 milhões de eleitores, ou seja, arredondando, o colégio eleitoral, tem 70% da população.

Quem ganhar as eleições, terá no máximo (eu acredito) 50% dos votos válidos, que representa +/- 25% da população, ou seja, a minoria que decida quem governa?.

Metade dos brasileiros adultos (entre 25 e 64 anos) não concluiu o ensino médio.

Só metade dos jovens de 18 a 24 anos conclui o ensino médio.
Apenas 15% dos brasileiros têm ensino superior completo.

Assim sendo, (as informações são de sites do Google), 100% menos 15%, é igual a 85%, faço aqui uma elucubração por conta própria, a metade dos jovens de 18 a 24 anos, representam 15%.

Partindo do meu pressuposto acima, 70% dos eleitores no brasil não sabem ler, ler no sentido de interpretar um texto, uma mensagem simbólica.

Se, se minhas elucubrações matemáticas estiverem certas, as eleições serão decididas por pessoas que não tem a capacidade de analisar, interpretar e decidir, conscientemente em quem votar!

Seriam presas fáceis esse grupo de eleitores, para os políticos profissionais? Para seus marqueteiros sagazes e matreiros, em ludibriar os inocentes? Mas será mesmo?

Por incrível que pareça, eu não acredito, que as Fake News enganam esses eleitores.

Por exemplo: A vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco seria casada com um traficante. A Fake tinha o objetivo de descolar a morte dela a questão política, ou seja, foi um acerto de contas entre traficantes.

Essa fake, circulou muito, mas o efeito durou menos do que o imaginado por quem plantou. Devido a velocidade em que as notícias correm nas redes sociais.

As pessoas que conheciam a verdade, logo começam a postar que era mentira, formando: ela não era casada com traficante e nem tinha ligação com o trafego de drogas.

Logo a dúvida paira no ar, ou, nas redes virtuais, aumenta o número de mensagens trocadas a respeito da Fake. Logo os jornais, rádios e tvs tomam conhecimento e desmentem.


Por mais longo que dure uma Fake News nas redes sociais, não passam de dois três dias.

Pensando agora, nas Fake News, nas campanhas eleitorais, elas seriam desmascaradas, menos de dois dias, por que? Afinal de contas, ao mesmo tempo que um candidato lança uma Fake, ele tem que desmentir a do concorrente.

Leitor amigo, vem comigo. Vamos supor que, quando uma pessoa que sabe ler e interpretar, entende a mensagem, seja texto, imagem, vídeo ou símbolos. Esse entendimento teria uma cor vermelha em algum lugar no cérebro da pessoa.

Quando uma pessoa que não sabe interpretar, o entendimento dela teria a cor branca em algum lugar do cérebro dela.

Os cientistas sociais, linguística e da neurociência, teriam que coletar, várias amostras de analises de pesquisas com pessoas que não conseguem ter entendimentos de textos.

Após essas pesquisas, os cientistas, conseguiriam fazer um texto falso passar por verdadeiro para os eleitores desprovidos de entendimento.

Tendo essas informações, os publicitários e marqueteiros, passam a produzir Fake News de uma determinada cor, que vai produzir a cor vermelha para o semianalfabeto.

Passo para o seguinte pressuposto, uma Fake é lançada, o desprovido de inteligência, recebe no celular, lê e repassa.

Vamos imaginar que ele repassa para dez colegas, todos como ele, não tiveram a oportunidade de desenvolver a interpretação de texto.


Entrementes, a cor branca, para não entendimento, não é absoluta. A vermelha para entendimento, também tem variáveis. Há cores Verdes amarelas, azuis, verde-claro, portanto, digamos mais ou menos umas dez cores variadas, para entendimento e não entendimento. Seriam as variáveis.

Aquele que enviou para os dez colegas, recebe, de quatro colegas uma opinião da mensagem que ele enviou, como estes podem ser de cores de não entendimento, mas que não seja branca. Essa Fake terá quatro questionamentos que são diferentes da dele. Nesse momento o que eu ele faz? Ele não faz. ele diz, Uhai sô!

Concordo que, uma mentira contada repetidamente, pode tornar uma verdade, neste caso não. Logo que a pessoa repassa, haverá um ou vários retornos sobre a mesma mensagem, questionando ou desmentindo a mensagem.

Posso estar errado, mas, nas próximas eleições, os eleitores estarão muito mais conscientes e rigorosos. O congresso teve uma renovação de +/- 200 deputados federais. Acredito que as Fake News não tiverem seus objetivos alcançados.

Seja lá quem ganhar para presidente, o resultado será a manifestação consciente do eleitor. Mas é o tempo que dirá se estou certo ou errado.













 
Eder Rizotto
Enviado por Eder Rizotto em 25/10/2018
Alterado em 28/05/2019


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr