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                     A Eleição e as Fake News


Nesta eleição está ocorrendo algo muito estranho. Não me refiro às fake news, mas a rejeição ao candidato Jair Bolsonaro nas mídias e sua porcentagem na intenção de votos dos eleitores.

Entrementes, faço aqui uma breve discrição de uma propaganda do candidato Haddad, porém não estou criticando, não quero saber se é certo ou errado, sem julgamentos.

1 - Na propaganda na TV, aparece a cena de um filme, em que uma pessoa está sendo torturada.

2 - Na sequência, um depoimento de uma senhora que na vida real, foi torturada pelos militares no período da ditadura militar no Brasil.

3 - Em seguida, aparece o candidato Jair Bolsonaro, dizendo em um programa de TV, que é a favor da tortura.

O eleitor que vê a propaganda na TV, há de associar as duas partes e chegar num silogismo.

1 – definição de tortura.
2 – Jair Bolsonaro é a favor da tortura.
3 – (dedução) Jair Bolsonaro é torturador.

Não estou afirmando que ele é, mas o objetivo da propaganda é essa conclusão.

 
“Ler e aprender são coisas que qualquer indivíduo pode fazer por seu próprio livre-arbítrio — mas pensar não”1.
 
Fiz a citação acima, para que leitor me ajude a entender o que se passa nestas eleições.

Vejamos: a propaganda acima descrita, de nada adiantou, ou até agora, pois, conforme os números da última pesquisa de votos, Jair Bolsonaro cresceu mais ainda!

Os números das pesquisas, nos leva a algumas deduções esdrúxulas, por exemplo:

59% da população são simpatizantes à tortura! Será?

59% da população, não é capaz de concatenar o lé com o cré! Ou seja, não conseguem juntar duas premissas e chegar a uma conclusão?

A maioria da população não acredita na propaganda?

Outro fato estranho: outra propaganda de Haddad, informa que o outro candidato, é racista, homofóbico, preconceituoso, que mulher feia nem merece ser estrupada?

O que espanta, são os números, a partir de uma reflexão partindo do parágrafo acima.

O eleitorado feminino é de 52,5%. O eleitorado de afrodescendentes ou pardos é de 55%. Calma leitor amigo, eu não sou louco de informar que mulheres, mais afrodescendentes ou pardos, somariam além de 100%, calma, muita calma nessa hora.

Vamos fazer uma conta simples, 26,5% são mulheres afrodescendentes, 25% são brancas. Dos 47,5% restante vou tirar apenas 17,5% e juntar aos 52,5% que teremos 65% dos votos.

Por que o candidato Jair Bolsonaro tem 59% de intenções de votos, se ele é tudo o que a imprensa, ou a mídia no geral estão falando das características dele citadas acima?

Os números citados acima foram coletados em sites do Google.

Independentemente de quem ganhar essa eleição para presidente, uma fato ficou muito claro, a maioria esmagadora, odeiam os dois candidatos. Os cidadãos estão se agredindo verbalmente como nunca aconteceu nas eleições, deste a saída dos militares do poder.

O pior nisso tudo é que, se a pessoa emite apenas sua opinião, ela já é colocada como membro do grupo da direita ou da esquerda! As pessoas, não estão debatendo política, estão sendo agredidas verbalmente, fisicamente e até caso de pessoas matando outras!

Por que, quem questiona ou tenta debater já é condenada?

Definidamente! Não entendo como a população de um país que opta pelo sistema democrático de governo, mas as pessoas não agem democraticamente?

Porque ler e aprender, não é pensar? Por várias razões, deixo aqui minha simples e modesta opinião.

Ler não implica necessariamente que a pessoa entendeu o texto. Aprender, acredito que seja apenas acumular informações que podem ser informações certas ou erradas.

Uma pessoa reconhecida como erudita, nada mais é que uma biblioteca de informações, certas? Sei não!

A expressão analfabeto funcional, é apenas a pessoa que decorou como executar algo.

Pensar. Penso eu, que é fazer uma reflexão muito cuidadosa, meticulosa. As respostas que surgem, devem ser confrontadas com a realidade e como ela é, não querendo forçar um entendimento do que queremos ver.

Essa reflexão requer tempo, disciplina e dedicação e acredito que o método dialético ajuda.

Explore ao máximo, vá ao limite de todos os argumentos que você tem a favor do seu candidato.

Depois, explore ao máximo, vá ao limite das razões e do sentimentos do candidato oponente, mas precisa defender os argumento do outro candidato como se fosse seu.

Finalmente tire suas conclusões. Acredito que independentemente pra quem você vai dar razão, você estará desenvolvendo a arte de dialogar democraticamente. Lembre-se: vence quem tem o melhor argumento e não a força ou a truculência.


 
Eder Rizotto
Enviado por Eder Rizotto em 21/10/2018
Alterado em 28/05/2019


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr