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                                             Lula e a democracia 3




Neste terceiro texto faço uma pequena digressão sobre alguns comentários que recebi dos outros dois textos, Lula e a Democracia.


Ficou evidente que, a maior preocupação dos leitores, em relação ao candidato Jair Bolsonaro, é a possibilidade de um golpe militar.


Assim sendo, vou desenvolver uma série de situações hipotéticas, partindo da ideia, golpe militar.


Jair Bolsonaro vai para o segundo turno com Fernando Haddad, e ganha as eleições. Pronto, alguns diriam, o anjo do apocalipse Uriel, vai tocar a trombeta radiante e lustrosa, no seu cavalo preto no dia primeiro de janeiro de 2019.


logo que toma posse, Jair Bolsonaro, o presidente perverso, faz três contato por rádio via código secreto.
Primeira - Aciona Babatimão, Marechal do exército, e determinou:
__ Babatimão, pegue dez dúzias de blindados, coloque os na porta do congresso e do senado.


Segundo contato - Liga para Albertovoando, Marechal-do-Ar da aeronáutica, e decretou:
__ Albertovoando, decola uns duzentos helicópteros lotado de paraquedistas, todos armado e com faca nos dentes, quero que sobrevoe o congresso e o senado, ao meu comando, de a ordem para os paraquedistas penetrarem no congresso e no senado, essas casas que dão abrigo para os malditos.


Terceira ligação, agora para Robernadando, Almirante da marinha, e comunicou:
__ Robernadando, junte seus melhores fuzileiros, e venha para Brasília, ao meu comando, prenda todos os deputados e senadores.


O texto acima, pode ser bobo, ingênuo e sem graça, mas pergunto:

Basta Jair Bolsonaro dar um comando, e todos os generais vão cair de quatro e acatar cegamente? Quem está lendo este texto agora, espera, pressupõe exatamente nisso?


E, logo que instalar o golpe, as torturas, os assassinatos, os desaparecidos, tudo s esses fatos irão acontecer de imediato?


Será que, para dar um golpe, implantar uma ditadura, não é preciso de tempo para planejar, dinheiro para manter e, principalmente, apoio de muitos empresários e de forças e contribuição externa?


A população vai ficar só assistindo, como vacas de presépio! só observando? Os países democráticos, todos ficarão de braços cruzados?


Não! Não acredito que aconteceria um golpe se Jair Bolsonaro ganhar, aliás, já disse antes, em meus textos. O voto em Jair Bolsonaro, é um voto de protesto. Aos poucos, uma parcela dos eleitores, não estão acreditando mais nessa lenga-lenga de votar no menos ruim.


Quem vota no menos ruim, já está num processo de alienação, cria se a ideia (doentia) que não existe o melhor, o honesto, o decente, melhor é ilusão.

O sistema vai aos poucos, distraindo o eleitor, tornando o indiferente para a política, passando a acreditar que só há ruins e menos ruins.


O problema da alienação é que, às vezes, o tiro pode sair pela culatra! Ou seja, começa a crescer a ideia que, pior do que está, não vai ficar.


Jair Bolsonaro, é apenas um sinal, uma luz no fim do túnel. A incógnita é que, colado nessa luz, vem uma locomotiva puxando milhões de vagões carregados de minério, ou seja, é muito peso e a locomotiva não tem freios.


Portando leitor amigo, se os políticos continuarem delapidando o erário público, se os partidos metamorfosearem em sindicatos do crime, transformarem congresso e senado numa organização criminosa, a locomotiva vai descarrilhar!


É nesse momento, do salve se quem puder, que poderá aparecer um salvador da pátria às avessas. Ou melhor, será o paradoxo às avessas dos menos ruins.


Acredito, Fernando Haddad será o próximo presidente do Brasil, entrementes,  ele e os seus comparsas – comparsa é aquele que anda no mesmo compasso – prestem muita atenção em como interpretar esse enigma que se chama Jair Bolsonaro.


Creio que, se a roubalheira continuar, surgirá um salvador da pátria, contudo, muitas pessoas irão sentir saudades de Jair Bolsonaro.









 
Eder Rizotto
Enviado por Eder Rizotto em 29/09/2018
Alterado em 28/05/2019


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr